Beth fez história pela sua militância. A sua transição nos anos 90, quando pessoas trans sequer eram reconhecidas. Formada em psicologia, ela foi para São Paulo cursar seu mestrado e depois voltou para Goiás, aonde construiu uma trajetória transformadora.
No movimento de defesa de crianças e adolescentes, ela lutava contra a exploração sexual. Fez parte da primeira gestão do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Ao longo de mais de 29 anos, ela ajudou a construir inúmeras paradas, organizou, articulou e disputou editais para garantir direitos a prostitutas, travestis, mulheres trans, pessoas vivendo com HIV, população em situação de rua e imigrantes.
Formou gerações, levando conhecimento a escolas, universidades, movimentos sociais e, principalmente, às forças de segurança, dialogando com policiais sobre respeito e direitos humanos.
Ela foi presidente do Conselho da Mulher de Goiás. A primeira trans! E atuou em vários conselhos nacionais e estaduais.
Nos últimos anos, esteve ao lado de campanhas com generosidade e firmeza. Beth foi militante, psicóloga, intelectual, formadora, mãe, madrinha e força. Uma constelação inteira.
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