A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou ter seu visto de entrada aos Estados Unidos com seu gênero alterado para “masculino”. A parlamentar havia sido convidada para palestrar na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) este mês.
A participação da deputada já havia sido, inclusive, autorizada pela presidência da Câmara dos Deputados como missão oficial da parlamentar. Em 2023, antes do atual mandato de Donald Trump, Erika já havia conseguido um visto diplomático para os EUA, mas, de acordo com sua autodeterminação de gênero como mulher.
Nas redes sociais, a parlamentar compartilhou seu descontentamento com a situação. “Não me surpreende. Isso já está acontecendo nos documentos de pessoas trans dos EUA faz algumas semanas. Não me surpreende também o nível do ódio e a fixação dessa gente com pessoas trans. Afinal, os documentos que apresentei são retificados, e sou registrada como mulher inclusive na certidão de nascimento.”
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Nos casos de viagem oficial, a Câmara pede o visto de seus representantes diretamente à embaixada do país a ser visitado. De acordo com a equipe de Erika Hilton, o trâmite, que deveria ser simples e protocolar, foi truncado desde o início, depois de novas diretrizes do governo norte-americano.
O grupo de trabalho da deputada teria sido direcionado, a princípio, a solicitar um visto de turista. Após novos esclarecimentos, o visto foi concedido e reconhecido o status oficial da viagem.
Entretanto, a emissão do documento, ocorrida no dia 3 de abril, veio com a informação de que a parlamentar seria do sexo masculino. Segundo Erika, em nenhum momento ela preencheu documentação com tal informação.
Também segundo a equipe, não tem como questionar juridicamente a documentação, uma vez que se trata de um ato de soberania do governo americano.
Após o ocorrido, a deputada se recusou a utilizar o documento e não compareceu à palestra.
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